terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Projeto de lei propõe que os Agentes de Saúde se aposentem com 20 anos de trabalho



O Projeto de Lei é de autoria do Deputado VALTENIR PEREIRA (PSB/MT)

O Projeto de Lei que, está em tramitação desde 2012, de acordo com o texto da PL 199/2012, se aprovado, os Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate a Endemias poderão se beneficiar com uma Aposentadoria Especial, extamente após completarem 20 anos de trabalho na função.


Segue o texto do referido projeto de lei complementar:



CÂMARA DOS DEPUTADOS

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR

N.º 199, DE 2012

(Do Sr. Valtenir Pereira)



Altera o caput do art. 57 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social, para tratar da aposentadoria especial do Agente Comunitário de Saúde e Agente de Combate às Endemias.

O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º O caput do art. 57 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida nesta Lei, ao:
I – segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante quinze, vinte ou vinte e cinco anos, conforme dispuser a lei; e

II – Agente Comunitário de Saúde e Agente de Combate às
Endemias, referidos na Lei nº 11.350, de 5 de outubro de 2006,
após vinte anos nessas atividades.
...................................................................................” (NR)

Art. 2º Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.


JUSTIFICAÇÃO

A Constituição da República, em seu art. 201, § 1º, dispõe que é vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do Regime Geral de Previdência Social – RGPS, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar.

A hipótese é de aposentadoria especial no RGPS, tratada no art. 57 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social. Atualmente, o benefício é concedido ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante quinze, vinte ou vinte e cinco anos, conforme dispuser a lei.

A regra tem sido a necessidade de comprovação, pelo segurado, perante o Instituto Nacional do Seguro Social–INSS, do tempo de trabalho Coordenação de Comissões Permanentes - DECOM - P_4105 CONFERE COM O ORIGINAL AUTENTICADO PLP-199/2012 permanente, não ocasional nem intermitente, em condições especiais que tenhamprejudicado a saúde ou a integridade física, bem como a exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, pelo período equivalente ao exigido para a concessão do benefício.

Não obstante, devemos reconhecer que um típico caso de atividade exercida sob condições especiais que prejudicam a saúde ou a integridade física reside nas funções desempenhadas pelo Agente Comunitário de Saúde e pelo Agente de Combate às Endemias, cujas atribuições constam da Lei nº 11.350, de 5 de outubro de 2006, que regulamentou o § 5º do art. 198 da Constituição.

Com efeito, são condições especiais o constante manuseio de substâncias químicas reconhecidamente nocivas à saúde, durante os procedimentos de combate às endemias, aliado à exposição diuturna a doenças infectocontagiosas, por ocasião das visitas e avaliações. Some-se a esse quadro a insalubridade inerente à atividade, mediante exposição ao sol, riscos do trabalho diário em ambiente externo, entre outros fatores.

Não por acaso, já existem municípios no país que reconhecem o direito ao pagamento de adicional por insalubridade a esses trabalhadores.

Por todo o exposto, apresentamos este Projeto de Lei Complementar para assegurar a aposentadoria especial após vinte anos de atividades nas funções de Agente Comunitário de Saúde e Agente de Combate às Endemias.

Certos da relevância social desta matéria, contamos desde já com o apoio dos ilustres Pares para a sua aprovação.

Sala das Sessões, em 09 de agosto de 2012.
Deputado VALTENIR PEREIRA
PSB/MT

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Piso dos agentes de saúde não sofrerá reajuste em 2015





PISO SALARIAL NACIONAL DOS ACS E ACE NÃO SERÁ REAJUSTADO EM 2015!

Desde o fim do ano passado, criou-se uma expectativa dentro da categoria dos ACS e ACE sobre o novo valor do Piso Salarial para o ano de 2015.

Muitos acreditavam que da mesma forma que ocorria todos os anos anteriores, no início de 2015, o Ministério da Saúde iria publicar uma nova Portaria, reajustando o valor do Incentivo Financeiro, e que só isso bastaria para aumentar o valor do "Piso Salarial."

Infelizmente, não é tão simples assim! As regras mudaram, e com a confirmação dos Vetos da Presidente Dilma à Lei 12.994/14, a situação hoje é bem complicada!

A CONACS em suas Assembleias e Fóruns realizados após a sanção da "Lei do Piso Salarial," já vinha alertando a suas lideranças da possibilidade de um congelamento do Piso Salarial Nacional já no ano de 2015, notícia essa que se confirma com a última reunião do GT (Grupo de Trabalho), criado para discutir a regulamentação do Decreto que estabelece os critérios de repasse da Assistência Financeira da União.

A reunião realizada no dia 27 de fevereiro, no Ministério da Saúde, contou com a presença da CONACS nas pessoas da Presidente Ruth Brilhante, da Vice-presdiente Ilda Angélica e da assessora Jurídica Dra. Elane Alves, além de um representante da CNTSS e dos Representantes do Ministério da Saúde.

A pauta da reunião, revelada apenas no seu início, não trazia nenhum ponto deliberativo, sendo apenas de esclarecimentos e informes. Dessa forma, torna-se importante alertar toda a categoria sobre as seguintes mudanças:

DAS PORTARIAS 121 e 165
Essas Portarias atingem todos os ACS e ACE, pois em linhas gerais, significa que haverá um “recadastramento geral” de todos os ACS do País, e um “cadastramento” de todos os ACE do País.
O prazo para a realização desse cadastro será até o fim do ano de 2015, e o seu objetivo é identificar a forma de vínculo empregatício dos ACS e ACE, para legalizar o repasse da Assistência Financeira Complementar, já que a Lei 12.994/15 condiciona o repasse do recurso da União ao cumprimento da EC 51, ou seja, vínculo direto, e através de Processo Seletivo Público - este entendido, como uma espécie do Concurso Público.

As consequências desse cadastramento para os Gestores, especificamente são que:
a) Irá condicionar a partir do final de 2015, o recebimento do recurso, hoje chamado “incentivo financeiro”, através da conta empenho do Fundo Nacional de Saúde “PROGRAMA AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE”, ao recadastrar de todos os seus ACS até o fim de 2015, sendo repassado a partir de então recursos da Assistência Financeira Complementar apenas para a quantidade de ACS que comprovadamente estejam efetivados, seja através do reconhecimento dos seus direitos previstos no artigo 9º da Lei Federal 11.350, seja, realizando novas seleções públicas, empossando os ACS em cargos ou empregos públicos, com vínculo direto com o ente empregador (Estado ou Municípios);

b) Fica condicionado “imediatamente” o recebimento do valor de 95% do "Piso Salarial" dos ACE, a título de “Assistência Financeira Complementar”, ao cadastro dos mesmos, na forma prevista da EC 51/06 e Lei Federal 11.350/06; Ou seja, hoje o Município recebe recursos dos ACE, Fundo a Fundo, no Bloco chamado “VIGILÂNCIA EM SAÚDE”, fato que causa grandes controvérsias e dificuldades na hora da implantação do Piso Salarial dos ACE, pois, os Gestores, sem razão, afirmam que não recebem “contra-partida” da União para o pagamento do Piso Salarial dos ACE. Segundo os representantes do Ministério da Saúde, após o cadastramento do profissional ACE, na forma indicada pelas Portarias 121 e 165, o Município já no mês seguinte receberá da União o valor da “ASSISTÊNCIA FINANCEIRA COMPLEMENTAR” correspondente a cada ACE regularmente cadastrado.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, logo nos próximos dias, será editada uma Nota Técnica de orientação aos Gestores, a fim de esclarecer os pormenores das Portarias 121 e 165, e nesse momento, também poderemos ser mais objetivos nas orientações a categoria, um dos motivos que faz a CONACS convocar seus diretores, Federações e lideranças Sindicais filiadas para sua 1ª Reunião Ordinária do ano já para os dias 10 a 13 de março, no Estado do Ceará.
Ainda nas próximas horas falaremos sobre o aguardado Decreto e as suas consequências para a os ACS e ACE.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

CURSO DO SUPERA


O curso SUPERA é promovido pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD) do Ministério da Justiça (MJ), oferecido gratuitamente por meio da parceria com a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e executado na modalidade de Educação a Distância (EaD) pelas equipes da Unidade de Dependência de Drogas (UDED) do Departamento de Psicobiologia da UNIFESP e do Departamento de Informática em Saúde (DIS).

O curso SUPERA (Sistema para detecção do Uso abusivo e dependência de substâncias Psicoativas: Encaminhamento, intervenção breve, Reinserção social e Acompanhamento) foi cuidadosamente elaborado por profissionais com grande experiência nas áreas de política sobre drogas, prevenção do uso e tratamento da dependência de crack, álcool e outras drogas.




O curso é parte integrante das atividades de prevenção da SENAD, que prevê, entre outras ações, a ampla capacitação de profissionais das áreas de saúde, assistência social, educação, justiça, segurança pública, conselheiros e lideranças comunitárias e religiosas.

Nesta 6a. edição foram disponibilizadas trinta mil vagas para profissionais das áreas de saúde e assistência social. Este curso tem carga horária de 150 horas/aula e os alunos que o concluírem receberão um certificado de extensão universitária registrado pela pró-reitoria de extensão (PROEX) da UNIFESP, juntamente com cópias de instrumentos para detecção do uso de crack, álcool e outras drogas.

Concluímos o processo de seleção e enviamos a todos os inscritos um e-mail com o resultado da seleção (remetente:sistema@supera.org.br). Com mais de 90.000 inscritos.

AS INSCRIÇÕES DA 8ª EDIÇÃO JA COMECOU

http://www.supera.senad.gov.br/custom/sup8/inscricao.php

http://www.supera.senad.gov.br/

terça-feira, 27 de março de 2012

Conheça os telefones úteis de atendimento à saúde





O Ministério da Saúde disponibiliza atendimentos diferenciados para cada tipo de situação ou emergência. Veja abaixo quais são os números que você pode ligar quando precisar de ajuda:

SAMU (192)

Serviço de Atendimento Móvel - é um programa que tem como finalidade prestar o socorro à população em casos de emergência. Ele funciona 24 horas, todos os dias da semana. A ligação é gratuita.

Disque Saúde (136)

É um canal democrático de articulação entre o cidadão que exerce o seu papel no controle social e a gestão pública de Saúde, com o objetivo de melhorar a qualidade dos serviços prestados pelo SUS.

Quando procurar o Disque Saúde:

Denúncia: quando se quer indicar irregularidade ou indício de irregularidade na administração ou no atendimento por entidade pública ou privada de Saúde. Exemplos: Cobrança de procedimento, negligência médica.

Reclamação: quando se quer relatar insatisfação em relação às ações e aos serviços de saúde, sem conteúdo de requerimento. Exemplos: Demora no atendimento, falta de medicamentos.

Solicitação: quando se requer acesso a atendimento ou a ações e/ou a serviços de saúde. Exemplos: Necessidade de consulta, tratamento, cirurgias.

Pedido de informação: quando se busca instrução, orientação, esclarecimento ou ensinamento relacionado à saúde. Exemplos: Informações sobre doenças, programas e campanhas do Ministério da Saúde.

Elogio: quando se quer demonstrar satisfação ou agradecer por algum serviço prestado pelo SUS. Exemplos: Bom atendimento.

Sugestão: quando se quer propor ou recomendar ação considerada útil à melhoria do SUS. Exemplos: Melhoria no serviço de saúde, programas e ações de saúde.

Corpo de Bombeiros (193)

O Corpo de Bombeiros tem a missão de proteção de vidas, patrimônio e meio ambiente. Ele funciona 24 horas, todos os dias da semana. A ligação é gratuita.

Anvisa (0800-642-9782)

Agência Nacional de Vigilância Sanitária, além da atribuição regulatória, também é responsável pela coordenação do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), de forma integrada com outros órgãos públicos relacionados direta ou indiretamente ao setor saúde.

Disque Intoxicação (0800-722-6001)

A Anvisa criou o canal para tirar dúvidas e fazer denúncias relacionadas a intoxicações. A ligação é gratuita e o usuário é atendido por uma das 36 unidades da Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica.

CIEVS (0800-644-6645)

Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde é o órgão coordenador das situações de crise, sendo responsável pelo acompanhamento dos agravos que, pelo seu elevado potencial de disseminação e/ou riscos à saúde pública, necessitam de acompanhamento. O CIEVS está disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana e as notificações podem ser feitas através do 0800.

CVE (0800-555-466)

Centro de Vigilância Epidemiológica: Informações sobre doenças de Notificação Compulsória (sarampo, rubéola, dengue, leptospirose, leishmaniose, tuberculose, febre amarela, e outras).

Fonte:

Ministério da Saúde


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registrado em: Ministério da Saúde

quinta-feira, 15 de março de 2012

Portarias do Ministério da Saúde agentam os Agentes de Saúde (ACS/ACE). Entendam os motivos!


O Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil nesta publicação destaca que as novas Portarias do Ministério da Saúde afetam os Agenes de Saúde (ACS e ACE). A portaria 121, de 11 de fevereiro e a 165, de 25 de fevereiro ambas se referem ao cadastro dos ACE no CNES e recadastramento dos ACS, afetam diretamente essas categorias.

O deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB) na noite de sexta-feira (27/02), encontrou-se em Maracanaú com Ilda Angélica, Vice-presidente da CONACS - Confederação Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde, e Agentes de Combate às Endemias - ACE do Município. Onde trataram das Portarias 121 e 165 editadas pelo Ministério da Saúde relativas ao piso salarial nacional das categorias.

A diretoria nacional da CONACS realiza, no Ceará, nos dias 10 a 13 de março, a primeira reunião ordinária do ano para tratar de todos esses assuntos. Será no Hotel Laguna Blue, na cidade de Aquiraz.

RELATÓRIO DA REUNIÃO DO GT MINISTÉRIO DA SAÚDE 27 DE FEVEREIRO 2015

A primeira reunião na verdade foi apenas para socilizar algumas informações entre o ministério e as representações da categoria ACS e ACE (CONACS) e (CNTSS), foi repassado o calendário de compromisso do ministério para com a categoria a respeito da aplicação da lei 12.994 ("PISO SALARIAL").


I - PORTARIAS: Foi apresentado as duas novas portarias, a 121, de 11 de fevereiro e a 165, de 25 de fevereiro. Ambas se referem ao cadastro dos ACE no CNES e recadastramento dos ACS.

II - NOTA TÉCNICA: Será encaminhado nos próximos dias uma nota técnica do Ministério aos Municípios orientando e esclarecendo a respeito das portarias. Além do que ocorrerá com aqueles que descumprirem tais portarias. Também sobre o repasse que iniciará mediante os cadastros e recadastro no CNES.

III - DECRETO: ainda se encontra em fase de elaboração no Ministerio da Saúde mas o compromisso é que até o final de março seja publicado.

IV - O GT iniciará apartir da 2º quinzena de março uma campanha de incentivo e orientação junto aos gestores para a desprecarização dos ACS e ACE para que todos possam gozar dos plenos direitos da lei 12 994 e definitivamente o cumprimento da EC 51.
Maiores informações e esclarecimentos estamos a disposição da categoria pode entrar em contato.
Ilda Correia vice presidente da CONACS e membra do GT representando nossa Entidade.


Postado por Mobilização Nacional dos Agentes de Saúde

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Projeto cria Disque-Denúncia do Trabalhador


No Senado, o projeto deve tramitar apenas na Comissão de Assuntos Sociais (CAS).

Trabalhadores, aposentados e pensionistas podem ganhar um novo canal de denúncia contra fraudes a seus direitos. Um projeto de lei da senadora Vanessa Grazziotin institui o Programa Disque-Denúncia do Trabalhador, que, se aprovado, deverá ser regulamentado pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

A autora do projeto (PLS 30/2015) ressalta que os casos de fraudes em benefícios trabalhistas e previdenciários, além do prejuízo aos direitos dos mais necessitados, afetam a arrecadação e o desenvolvimento de políticas públicas.

“Atualmente, o Brasil vivencia uma grave crise econômica, o que vem forçando o governo a promover diversas medidas de austeridade com a finalidade de corrigir as contas públicas”, afirmou a senadora.

No Senado, o projeto deve tramitar apenas na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e ainda aguarda recebimento de emendas.


Postado por Mobilização Nacional dos Agentes de Saúde

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Fortalecimento da Atenção Básica é reafirmado em encontro com Febacs


O fortalecimento da Atenção Básica foi um dos temas discutidos durante o encontro do secretário da Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, com integrantes da Federação Baiana dos Agentes de Saúde (Febacs). A reunião aconteceu na última terça-feira (3), na Secretaria da Saúde do Estado (Sesab). “Temos que estimular a consolidação da Atenção Básica, principalmente valorizando os Agentes Comunitários de Saúde que são profissionais fundamentais na Estratégia de Saúde da Família”, afirmou Vilas-Boas.

Na reunião, os representantes da Febacs destacaram que um dos objetivos do encontro foi dar continuidade ao trabalho em parceria com a Sesab. “Estamos aqui para reafirmar a parceria com o Estado”, disse Edméia Gonçalves, presidente da Febacs.

Além de expor o compromisso, os representantes da Febacs também colocaram em pauta algumas reivindicações como a criação de um plano de carreira. O secretário pontuou que no que depender da Sesab, haverá ajuda para estimular os municípios a implantar e implementar os pleitos dos agentes.

Ainda no encontro, que contou com as participações do diretor da Atenção Básica da Sesab, Cristiano Soster, e do Deputado Estadual Zé Neto, foi apresentada ao grupo a campanha de combate à dengue e à chikungunya que a Sesab está preparando para ser veiculada em todo o estado, com reforço nos municípios onde foram registrados maiores números de casos das doenças.

L.R. DRT. 2.600/BA
PSF/encontro febacs

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

LEI Nº 12.994, DE 17 JUNHO DE 2014, LEI DO PISO SALARIAL NACIONAL DOS AGENTES DE SAÚDE.


LEI Nº 12.994, DE 17 JUNHO DE 2014.


Altera a Lei no 11.350, de 5 de outubro de 2006, para instituir piso salarial profissional nacional e diretrizes para o plano de carreira dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às Endemias.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o A Lei nº 11.350, de 5 de outubro de 2006, passa a vigorar acrescida dos seguintes artigos:

“Art. 9o-A. O piso salarial profissional nacional é o valor abaixo do qual a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não poderão fixar o vencimento inicial das Carreiras de Agente Comunitário de Saúde e de Agente de Combate às Endemias para a jornada de 40 (quarenta) horas semanais.

§ 1o O piso salarial profissional nacional dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às Endemias é fixado no valor de R$ 1.014,00 (mil e quatorze reais) mensais.

§ 2o A jornada de trabalho de 40 (quarenta) horas exigida para garantia do piso salarial previsto nesta Lei deverá ser integralmente dedicada a ações e serviços de promoção da saúde, vigilância epidemiológica e combate a endemias em prol das famílias e comunidades assistidas, dentro dos respectivos territórios de atuação, segundo as atribuições previstas nesta Lei.”

“Art. 9º-B. (VETADO).”

“Art. 9º-C. Nos termos do § 5o do art. 198 da Constituição Federal, compete à União prestar assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento do piso salarial de que trata o art. 9o-A desta Lei.

§ 1o Para fins do disposto no caput deste artigo, é o Poder Executivo federal autorizado a fixar em decreto os parâmetros referentes à quantidade máxima de agentes passível de contratação, em função da população e das peculiaridades locais, com o auxílio da assistência financeira complementar da União.

§ 2o A quantidade máxima de que trata o § 1o deste artigo considerará tão somente os agentes efetivamente registrados no mês anterior à respectiva competência financeira que se encontrem no estrito desempenho de suas atribuições e submetidos à jornada de trabalho fixada para a concessão do piso salarial.

§ 3o O valor da assistência financeira complementar da União é fixado em 95% (noventa e cinco por cento) do piso salarial de que trata o art. 9o-A desta Lei.

§ 4o A assistência financeira complementar de que trata o caput deste artigo será devida em 12 (doze) parcelas consecutivas em cada exercício e 1 (uma) parcela adicional no último trimestre.

§ 5o Até a edição do decreto de que trata o § 1o deste artigo, aplicar-se-ão as normas vigentes para os repasses de incentivos financeiros pelo Ministério da Saúde.

§ 6o Para efeito da prestação de assistência financeira complementar de que trata este artigo, a União exigirá dos gestores locais do SUS a comprovação do vínculo direto dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às Endemias com o respectivo ente federativo, regularmente formalizado, conforme o regime jurídico que vier a ser adotado na forma do art. 8o desta Lei.”

“Art. 9º-D. É criado incentivo financeiro para fortalecimento de políticas afetas à atuação de agentes comunitários de saúde e de combate às endemias.

§ 1o Para fins do disposto no caput deste artigo, é o Poder Executivo federal autorizado a fixar em decreto:

I - parâmetros para concessão do incentivo; e

II - valor mensal do incentivo por ente federativo.

§ 2o Os parâmetros para concessão do incentivo considerarão, sempre que possível, as peculiaridades do Município.

§ 3o (VETADO).

§ 4o (VETADO).

§ 5o (VETADO).”

“Art. 9º-E. Atendidas as disposições desta Lei e as respectivas normas regulamentadoras, os recursos de que tratam os arts. 9º-C e 9º-D serão repassados pelo Fundo Nacional de Saúde (Funasa) aos fundos de saúde dos Municípios, Estados e Distrito Federal como transferências correntes, regulares, automáticas e obrigatórias, nos termos do disposto no art. 3º da Lei no 8.142, de 28 de dezembro de 1990.”

“Art. 9º-F. Para fins de apuração dos limites com pessoal de que trata a Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, a assistência financeira complementar obrigatória prestada pela União e a parcela repassada como incentivo financeiro que venha a ser utilizada no pagamento de pessoal serão computadas como gasto de pessoal do ente federativo beneficiado pelas transferências.”

“Art. 9º-G. Os planos de carreira dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às Endemias deverão obedecer às seguintes diretrizes:

I - remuneração paritária dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às Endemias;

II - definição de metas dos serviços e das equipes;

III - estabelecimento de critérios de progressão e promoção;

IV - adoção de modelos e instrumentos de avaliação que atendam à natureza das atividades, assegurados os seguintes princípios:

a) transparência do processo de avaliação, assegurando-se ao avaliado o conhecimento sobre todas as etapas do processo e sobre o seu resultado final;

b) periodicidade da avaliação;

c) contribuição do servidor para a consecução dos objetivos do serviço;

d) adequação aos conteúdos ocupacionais e às condições reais de trabalho, de forma que eventuais condições precárias ou adversas de trabalho não prejudiquem a avaliação;

e) direito de recurso às instâncias hierárquicas superiores.”

Art. 2o O art. 16 da Lei no 11.350, de 5 de outubro de 2006, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 16. É vedada a contratação temporária ou terceirizada de Agentes Comunitários de Saúde e de Agentes de Combate às Endemias, salvo na hipótese de combate a surtos epidêmicos, na forma da lei aplicável.” (NR)

Art. 3o As autoridades responsáveis responderão pelo descumprimento do disposto nesta Lei, nos termos do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), da Lei no 1.079, de 10 de abril de 1950, do Decreto-Lei no 201, de 27 de fevereiro de 1967, e da Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992.

Art. 4o (VETADO).

Art. 5o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 17 de junho de 2014; 193º da Independência e 126º da República.

DILMA ROUSSEFF
José Eduardo Cardozo
Guido Mantega
Arthur Chioro
Miriam Belchior
Luís Inácio Lucena Adams

Este texto não substitui o publicado no DOU de 18.6.2014

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

ACS E ACE DE SERRINHA BAHIA FAZEM PARALIZAÇÃO


O DESCUMPRIMENTO DA LEI FEDERAL QUE EFETIVOU O PISO SALARIAL, A FALTA DE CONDIÇÕES DE TRABALHO, EPIs, A NÃO CRIAÇÃO DO PLANO DE CARREIRA, FALTA DE FORNECIMENTO DO PROTETOR SOLAR E DEMIAS MAZELAS DO MUNICIPIO DE SERRINHA NA BAHIA, FIZERAM COM QUE ACS E ACE PRALISASSEM SUAS ATIVIDADES EM PROTESTO.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Campanha mobiliza a população contra o racismo no SUS




O governo federal coloca no ar a primeira campanha publicitária que busca envolver usuários e profissionais da rede pública de saúde na luta contra o racismo. Lançada pelo Ministério da Saúde e Secretaria de Direitos Humanos, a ação visa conscientizar a população de que a discriminação racial também se manifesta na saúde.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou que a campanha tem como objetivo o enfrentamento da racismo institucional e o reforço à Política Integral de Saúde da População Negra. “Não podemos tolerar nenhuma forma de racismo. Essa campanha é um alerta para os profissionais de saúde e para toda a sociedade brasileira. A desigualdade e preconceito produzem mais doença, mais morte e mais sofrimento. Nós queremos construir um país de todos e a maneira mais importante é falar sobre a desigualdade”, disse. O ministro ressaltou que o racismo se manifesta, muitas vezes, “em uma negativa do acesso, da informação adequada, e do cuidado”, disse.

Com o slogan Racismo faz mal à saúde. Denuncie!, as peças que serão veiculadas na TV, rádio, impresso e redes sociais incentivam as pessoas a não se calarem diante de atos de discriminação no Sistema Único de Saúde (SUS). Por meio do Disque Saúde 136 é possível denunciar qualquer situação de racismo ou obter informações sobre doenças mais comuns entre a população negra e que exigem um maior acompanhamento.

É o caso do diabetes mellitus (tipo II), cuja taxa de mortalidade, a cada 100 mil habitantes, afeta na população negra 34,1 habitantes, na população parda atinge 29,1 e, entre a branca, 22,7. A anemia falciforme, doença grave que deve ser diagnosticada precocemente por meio do teste do pezinho, é encontrada em maior escala entre a população negra, com incidência que varia de 6% a 10%, enquanto no conjunto da população oscila entre 2% e 6%.

Durante o lançamento da campanha, a ministra de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, destacou os avanços da população negra. “Pela primeira vez a população negra e parda se autodeclara como sendo maioria no Brasil. Isso não é porque os negros e pardos se multiplicaram, é porque houve uma condição econômica, política e social de se reconhecerem assim”, afirmou a ministra. Ela salientou que “a promoção da campanha no SUS, e cada vez mais ampliar as políticas públicas dando igualdade de oportunidades a todos os brasileiros, independente da sua raça ou condição econômica, é uma questão central da democracia brasileira”.

Já o secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, André Bonifácio, ressaltou a importância da campanha para estimular a discussão sobre o preconceito e a desigualdade. “Não é o SUS que é racista. O SUS expressa uma realidade produzida pela própria sociedade. E o racismo e a discriminação também são uma realidade social que se reflete na saúde.”

A criação da campanha foi motivada por relatos de discriminação e números que revelam a expressão do racismo no SUS, consequências do contexto social e histórico da população negra no Brasil. Dados do Ministério da Saúde demonstram que uma mulher negra recebe menos tempo de atendimento médico do que uma mulher branca. Enquanto 46,2% das mulheres brancas tiveram acompanhantes no parto, apenas 27% das negras utilizaram esse direito. Também 77,7% das mulheres brancas foram orientadas para a importância do aleitamento materno e apenas 62,5% das mulheres negras receberam essa informação.

As taxas de mortalidade materna e infantil na população negra são muito acima das registradas entre mulheres e crianças brancas. Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde revelam que 60% das mortes maternas ocorrem entre mulheres negras e 34% entre as brancas. E, na primeira semana de vida, acontecem, em maioria, entre crianças negras (47% dos casos). Entre as brancas, representam 36%.

A secretária de Políticas para Ações Afirmativas da Secretaria de Políticas de Promoção de Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir), Angela Nascimento, reconhece os avanços que têm permitido a inclusão da população negra, mas destacou que ainda há desafios a serem superados. “O tema racismo ainda encontra resistência nas nossas formações. Por isso, a campanha lançada hoje representa um passo importante enquanto compromisso institucional e o nosso desejo de construirmos juntos novas práticas”, complementou.

Além de divulgação da campanha publicitária em todas as mídias, será distribuído ainda folders para a população, que trazem números relacionados às mulheres e às crianças negras, além de informar sobre as doenças mais comuns na população negra.



Movimentos sociaiscombate ao racismo- sus

A importância do protagonismo dos movimentos sociais na construção da Política Integral de Saúde da População Negra também foi lembrado durante todo evento. A começar pela cerimônia de saudação a ancestralidade negra conduzida por representantes de comunidades de matriz africana, Tata Inkc Francisco e as yaloraixas Mãe Dora D’Yoá e Mãe Baiana D’Yoá, que abriu o evento antecedendo o pronunciamentos dos representantes do governo.

“Esse é um momento de extrema importância para o nosso povo. Esse é um grande casamento, uma das melhores parcerias entre nós das religiões de matriz africana e o SUS. Mas é preciso que o SUS continue abrindo suas portas para nós, povo de terreiro, que também contribuímos com a saúde e que ajudamos cidadãos que sofrem e adoecem por conta do racismo”, destacou Adna Santos, “Mãe Baiana D’Yoá”, que também é a coordenadora no DF da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (Renafro).

Representando os movimentos negros que estiveram presentes no lançamento, Maria Zenó Soares, da Federação Nacional das Associações de Pessoas com Doença Falciforme (Fenafal), destacou a importância da campanha para conscientização sobre o racismo na saúde. “É muito bom saber que por meio dessa campanha as pessoas poderão mudar seu conceito e seu olhar sobre o racismo, que muitas vezes não é percebido ou nominado como tal, mesmo por aqueles que sofrem essa discriminação.”



Novas ações

Profissionais do Disque Saúde já passaram por treinamento para identificar as denúncias caracterizadas como racismo, que serão direcionadas aos órgãos competentes. O racismo não se apresenta necessariamente na forma de atitudes discriminatórias explícitas. Nas instituições pode ocorrer na forma de linguagem codificada (violência simbólica) e negligência (indiferença diante da necessidade). As dúvidas e denúncias registradas no Disque 136 também serão consolidadas e servirão para direcionar novas ações do Ministério da Saúde e da Secretaria de Direitos Humanos.

O Ministério da Saúde iniciou ainda duas novas ações para reforçar o combate ao racismo no SUS. Mais de 2,4 mil profissionais de saúde estão inscritos em módulo virtual de educação à distância sobre a 'Saúde Integral da População Negra', lançado em 22 de outubro. E em iniciativa conjunta com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), após a publicação de edital, recebeu cerca de 100 projetos de pesquisa científica, tecnológica e de inovação voltados para Saúde da População Negra no Brasil.



Política Nacional

combate ao racismo- susO Ministério da Saúde firmou compromisso para a construção da equidade racial em saúde para a população negra ao instituir, pela Portaria 992/2009, a Política Nacional de Saúde Integral para a População Negra, cuja marca é: “reconhecimento do racismo, das desigualdades étnico-raciais e do racismo institucional como determinantes sociais e condições de saúde, com vistas à promoção da equidade em saúde”. O principal objetivo da Política, que é transversal às outras políticas, como Saúde da Mulher, Saúde da Criança, Saúde do Homem, é promover a saúde integral da população negra.

O tratamento pelo SUS de doenças que mais afetam a população negra, como é o caso da anemia falciforme, alcança cerca de 40 mil pessoas. O atendimento inclui exames de rotina, entre os quais, a eletroforese de hemoglobina, o dopller transcraniano para prevenção do derrame cerebral e de sangue para controle da doença. Os medicamentos disponíveis são hidroxiuréia, ácido fólico, quelantes de ferro, analgésicos, anti-inflamatórios, antibióticos e vacinas de rotina e especiais. A cada ano, aproximadamente 2,4 milhões de recém-nascidos fazem o exame de Doença Falciforme pelo SUS, ou seja, uma cobertura de 83,2% das crianças que nascem no país.

No caso do diabetes, a população tem acesso a ações de prevenção e tratamento, desde a atenção básica até procedimentos de média de alta complexidade. São asseguradas gratuitamente as insulinas humana NPH – suspensão injetável 1 e humana regular, além de três medicamentos que ajudam a controlar o índice de glicose no sangue (libenclamida, cloridrato de metformina e glicazida).

As comunidades quilombolas são priorizadas no Mais Médicos do Ministério da Saúde, recebendo investimentos em infraestrutura e profissionais para atuarem nessas localidades. São 249 municípios com comunidades quilombolas atendidos pelo programa, que possuem um ou mais médicos, somando 1.630 ao todo.

Álbum de fotos do Lançamento da Campanha.
Vídeo sobre o Lançamento da Campanha.
Por Regina Pires e Amanda Costa, da Agência Saúde
Fonte: Ministério da Saúde

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DIZ QUE OS AGENTES DE SAÚDE DEVEM RECEBER O 14º SALÁRIO EM DINHEIRO.




Legenda: Agentes comunitários de saúde aguardam o pagamento do 14º salário
Foto: Flavio Ulsenheimer/Assessoria de Imprensa/CMC


A DCM (Diretoria de Contas Municipais) do TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Paraná emitiu um parecer técnico a um requerimento da Câmara de Vereadores de Cascavel sobre a falta pagamento do 14º salário aos ACS (Agentes Comunitários de Saúde) praticada pela Prefeitura de Cascavel-PR.


O entendimento da DCM (Diretoria de Contas Municipais) é de que os agentes de saúde têm direito a receber o adicional repassado pelo Ministério da Saúde em dinheiro e não em equipamentos, como é praticado.


O requerimento, proposto pelo vereador Rui Capelão (PPS) ano passado e aprovado pelos demais parlamentares, questiona o TCE se o Município deve ou não fazer o repasse aos servidores em espécie. Isso porque o Ministério da Saúde regulamentou em lei esse adicional e faz esse repasse à prefeitura para garantir o pagamento. Em Cascavel, o dinheiro destinado a esse pagamento é usado pela prefeitura para compra de equipamentos e de materiais de trabalho dos agentes.


Segundo o despacho da DCM, o adicional para o 14º salário é uma forma de concretizar a garantia de valorização dos ACS. “É possível o pagamento de incentivo adicional aos agentes comunitários de saúde [...] e tal objetivo passa necessariamente pela valorização desses profissionais, além disso, o Município tem autonomia para criar cargos ou empregos públicos e demais carências inerentes à atividade, de acordo com as especificidades locais”.


O autor do requerimento é importante para que a Câmara cobre do Executivo que seja preservado os direitos dos servidores. “Realmente o TCE deu uma resposta que desejávamos para cobrarmos do Executivo que seja aplicado o repasse aos servidores”.


Apesar do posicionamento da DCM, o acórdão com a decisão final sobre a consulta ainda não foi emitido pelo TCE. O parecer técnico será encaminhado ao relator, para posterior elaboração do voto e apreciação em plenário pelos conselheiros do TCE.


FONTE: CÂMARA MUNICIPAL DE CASCAVEL
MATÉRIA ORIGINAL : Quinta, 10 Julho 2014 10:55
Postado por BIO ACS às 07:57

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Labirintite pode ser disparada por ansiedade ou medo




A labirintite - a perda no controle do equilíbrio - pode estar ligada a emoções como a ansiedade e o medo.

Foi o que descobriu uma equipe internacional liderada pela Dra. Roseli Saraiva Bittar, da Faculdade de Medicina da USP.

Labirintite resistente ao tratamento

O equilíbrio, que permite aos humanos caminhar em terra firme ou enfrentar o mar revolto sobre uma prancha de surfe, depende de pequenas estruturas existentes no ouvido interno conhecidas como vestíbulo. Junto com a cóclea - estrutura responsável pela audição -, o vestíbulo forma o labirinto.

Uma série de doenças que prejudicam a função labiríntica, algumas popularmente conhecidas como labirintite, pode interferir no controle do equilíbrio e causar sintomas como tontura, que costumam ser controlados entre 1 e 3 meses com o tratamento adequado.

Em alguns pacientes, porém, a tontura persiste mesmo após a doença labiríntica de base ter sido compensada e sem qualquer outro motivo aparente. É nesses pacientes que emoções como ansiedade e medo parecem entrar em ação.

"Exames de ressonância magnética funcional indicam haver uma diferença fisiológica no cérebro desses pacientes. Embora as estruturas cerebrais sejam idênticas às do grupo controle, as vias relacionadas com ansiedade e medo ficam mais ativas que o normal quando submetidas a determinados estímulos", conta a Dra. Roseli.

Nesses casos, classificados como tontura postural e perceptual persistente (TPPP), a doença labiríntica funciona como um gatilho para um distúrbio do equilíbrio impossível de ser diagnosticado e tratado pelos métodos convencionais.

"Depois que esse gatilho é acionado, a doença entra em moto-contínuo. Qualquer estímulo, seja motor, emocional ou situacional, pode ativar as vias de ansiedade e medo e causar tontura. Esse paciente sente-se tonto quando está em pé, sentado ou deitado. Sente que está flutuando ou que vai cair. Nunca está bem e não melhora sem um tratamento psiquiátrico específico", disse Roseli.

Tratamento eficaz

A pesquisa ainda está em andamento, e a equipe está agora comparando mais detalhadamente os exames de ressonância magnética funcional de portadores de TPPP com os de pacientes que se curaram da labirintite após o tratamento para descobrir o que exatamente funciona de forma diferente no cérebro.

Um dos estudos já concluídos, que incluiu uma mostra de 81 voluntários (ambos os sexos) revelou que os portadores de TPPP apresentam um perfil considerado limítrofe para ansiedade e depressão.

"Embora eles não possam ser considerados doentes psiquiátricos, são muito mais sensíveis do que os pacientes do grupo controle. Apresentam um escore até seis vezes mais alto nos questionários," contou Roseli.

Outros experimentos mostraram que, mesmo em situações tranquilas do cotidiano, as mulheres com labirintite resistente ao tratamento apresentam um nível de tensão muscular exagerado.

"Andam sobre o solo como se estivessem caminhando sobre uma viga estreita de salto alto. Mas reagem da mesma forma que o grupo controle em uma situação de real perigo de queda", disse a pesquisadora.

Embora ainda preliminares, os resultados da pesquisa já estão, segundo Roseli, promovendo uma importante mudança no tratamento de TPPP.

"O grande mérito foi promover a integração das áreas de otoneurologia e psiquiatria. Antes, nenhuma das duas especialidades sabia ao certo qual encaminhamento dar a esses casos. Os pacientes eram muitas vezes tratados com antidepressivos, mas apenas metade respondia. Hoje, posso dizer que mais de 90% de meus pacientes estão bem," disse Roseli.


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O que é a UNA-SUS?


O Sistema Universidade Aberta do SUS - UNA-SUS foi criado pelo Ministério da Saúde em 2010 para atender às necessidades de capacitação e educação permanente dos profissionais de saúde que atuam no SUS.

O Sistema é composto por três elementos: a Rede colaborativa de instituições de ensino superior – que atualmente conta com 16 instituições de ensino superior, o Acervo de Recursos Educacionais em Saúde - ARES e a Plataforma Arouca.

Um dos objetivos da UNA-SUS é a educação permanente, visando à resolução de problemas presentes no dia a dia dos profissionais de saúde que atuam no SUS. Para isto, os cursos oferecidos pela Rede têm enfoque prático e dinâmico, utilizando casos clínicos comuns.

Todos os cursos são inteiramente gratuitos e a modalidade de educação a distância foi escolhida para facilitar o acesso dos profissionais de saúde aos cursos, que possuem diversos níveis de capacitação acadêmica e podem ser acessados facilmente.

Acesse: www.unasus.gov.br; arouca.unasus.gov.br; ares.unasus.gov.br

domingo, 17 de julho de 2011

Mãe e pai poderão acompanhar seus bebês por 24h no hospital



Mães e pais poderão permanecer perto de seus bebês 24h por dia durante todo o período que a criança estiver na maternidade.

Portaria assinada pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, nesta quinta-feira (22), no Rio de Janeiro, garante que todos os recém-nascidos possam ter acompanhantes em qualquer área do hospital, inclusive na UTI Neonatal.

Até então, a legislação brasileira previa acesso livre aos pais ou responsáveis nas maternidades, mas sem estabelecer que a circulação deles pudesse ser em qualquer horário. “Essa portaria garante o cuidado e o acompanhamento na UTI da mãe, do pai ou do responsável por 24h. Isso é fundamental e acaba com a história que UTI Neonatal não pode ter acompanhante. Estamos garantindo o acesso dos pais em toda a rede pública de saúde”, destacou o ministro Arthur Chioro, durante o lançamento da campanha de incentivo à doação de leite materno na capital fluminense.

Leia mais: Ministério da Saúde lança campanha para incentivar doação de leite materno.

Pela portaria, garantir a presença dos pais da criança nos locais onde o bebê estiver nas maternidades passa a ser requisito para que uma unidade receba a classificação Hospital Amigo da Criança, projeto realizado pelo Ministério da Saúde em parceria com Unicef que garante incentivos às unidades que mantém assistência humanizada e qualificada às mães e aos bebês. Atualmente, 321 hospitais possuem esse título.

A nova portaria da Iniciativa Hospital Amigo da Criança também traz a assistência do cuidado amigo da mulher , que visa estimular as boas práticas de atenção ao parto e ao nascimento, na forma da recomendação da Organização Mundial da Saúde bem como está previsto pela Rede Cegonha, Programa do Ministério da Saúde voltada a qualificação do atendimento de mães e bebês no Sistema Único de Saúde (SUS).

Investimentos – O Ministério da Saúde também está ampliando os incentivos destinados aos Hospitais Amigos da Criança. A portaria estabelece aumento de 17% dos recursos repassados para parto normal e de 8,5% para parto cesáreo. Também há crescimento no total investido em partos de alto risco. “Essa é uma medida importante para mudar a proporção de partos normais e cesáreos no Brasil, que é ainda muito alta. Precisamos corrigir isso”, afirmou o ministro Chioro.

Há ainda a criação de incentivo para a assistência ao bebê já na sala de parto, o correspondente a um incremento de 8,5%. As novidades foram anunciadas pelo ministro Chioro durante a apresentação da campanha de incentivo à doação de leite materno, cuja meta é ampliar em 15% o número de litros coletados em 2014. No último ano, houve redução no número de doadoras. Apesar disso, o total de bebês beneficiados continua crescendo, uma vez que cada voluntária tem doado uma quantidade maior de leite.





Fonte: http://www.ebc.com.br

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Teste de vacina contra dengue aponta redução de 56% dos casos



A empresa farmacêutica Sanofi Pasteur anunciou hoje (28) o resultado de um teste da vacina contra a dengue feito na Ásia. O estudo mostrou redução de 56% nos casos de dengue em 12 áreas endêmicas na Indonésia, Malásia, Filipinas, Tailândia e Vietnã.

É o primeiro de dois testes da fase três, que visa a fornecer dados sobre a eficácia da vacina em seres humanos, em diferentes ambientes epidemiológicos. O segundo teste está sendo aplicado na América Latina - Brasil, Colômbia, Honduras, México e Porto Rico - e os resultados devem ser apresentados nos próximos dois meses.

A fase três é a última do período de testes antes de a vacina ser submetida aos órgãos reguladores de cada país, explica Lucia Bricks, diretora de saúde pública da Sanofi Pasteur. “É um resultado inédito. Estudos de vacinas para dengue têm mais de 70 anos; a Sanofi Pasteur iniciou há 20 anos e é a única a completar a fase 3. Os outros competidores [laboratórios] estão nas fases 1 e 2, fases pré-clínicas”, disse.

Os testes na Ásia envolveram 10.275 mil crianças, de 2 a 14 anos. Na América Latina são mais de 20 mil pessoas de 2 a 16 anos. Entre 2011 e 2013, elas foram sorteadas para receber três doses da vacina ou um placebo, com intervalo de seis meses entre cada dose.

A médica da Sanofi Pasteur explica que os resultados começaram a ser analisados um mês após a aplicação da terceira dose, com a identificação do vírus. “O grupo vacinado teve menos da metade de casos e a incidência de dengue nas pessoas que não foram vacinadas foi muito mais alta do que a agente imaginava, 4,7%, uma incidência altíssima”.

A vacina será licenciada possivelmente com três doses, para proteger contra os quatro tipos de dengue, segundo a médica, e deve estar pronta até o final deste ano. “A partir disso, depende das autoridades regulatórias de cada país que vão dar seus pareceres sobre o protocolo, mas no final de 2015 já se deve ter uma resposta”, explica Lucia Bricks sobre a colocação da vacina no mercado.





Fonte: http://www.ebc.com.br

quarta-feira, 13 de julho de 2011

10 Coisas que Você Precisa Saber sobre Tireoide


Com forma bem parecida com a de uma borboleta, a glândula tireoide é localizada na parte anterior do pescoço, logo abaixo do Pomo de Adão. Reguladora da função de importantes órgãos como o coração, o cérebro, o fígado e os rins, ela produz os hormônios T3 (triiodotironina) e o T4 (tiroxina).

Quando a tireoide não funciona de maneira correta, pode liberar hormônios em quantidade insuficiente, causando o hipotireoidismo, ou em excesso, ocasionando o hipertireoidismo. Nessas duas situações, o volume da glândula pode aumentar, o que é conhecido como bócio.

Confira, abaixo, as 10 coisas que você precisa saber sobre Tireoide.

1 – A tireoide atua no crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes, no peso, na memória, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, na concentração, no humor e no controle emocional.

2 – Quando ocorre o hipotireoidismo, o coração bate mais devagar, o intestino não funciona corretamente e o crescimento pode ficar comprometido.

3 – Diminuição da memória, cansaço excessivo, dores musculares e articulares, sonolência, aumento dos níveis de colesterol no sangue e depressão também são sintomas de hipotireoidismo.

4 – No caso de hipertireoidismo, que geralmente causa emagrecimento, o coração dispara, o intestino solta, a pessoa fica agitada, fala demais, gesticula muito, dorme pouco, sente-se com muita energia, embora também esteja cansada.

5 – Em um adulto, a tireoide pode chegar a até 25 gramas.

6 – Disfunções na tireoide podem acontecer em qualquer etapa da vida e são de simples de se diagnosticar. Além disso, elas podem ocorrer mesmo sem o bócio.

7 – O reconhecimento de um nódulo na tireoide pode salvar uma vida. Por isso, a palpação da glândula é de fundamental importância. Se identificado o nódulo, o endocrinologista deve solicitar uma série de exames complementares para confirmar ou descartar a presença de câncer.

8 – Estima-se que 60% da população brasileira tenha nódulos na tireoide em algum momento da vida. Mas isso não significa que sejam malignos. Apenas 5% são cancerosos.

9 – Além de se parecer com uma borboleta, a tireoide também lembra o formato de um escudo. Daí o surgimento de seu nome: uma aglutinação dos termos thyreós (escudo) e oidés (forma de).

10 – Algumas crianças podem nascer com hipotireoidismo. Para detectá-lo, é realizado o chamado Teste do Pezinho, que deve ser feito, preferencialmente, entre o terceiro e quinto dia de vida do bebê.

terça-feira, 24 de maio de 2011

O que é fosfatase alcalina?



A fosfatase alcalina é uma enzima presente nas membranas de revestimento dos canalículos biliares (canalicular). Tem como uma de suas funções remover grupos fosfato de um grande número de moléculas diferentes, incluindo proteínas, nucleotídeos e alcalóides; como o próprio nome sugere, essa enzima é mais ativa em soluções alcalinas. O processo de remoção desses grupos fosfatos é conhecido como desfosforilação. Produzida por vários órgãos e tecidos, como o fígado, ossos, intestinos e até placenta, por exemplo, a fosfatase alcalina é encontrada normalmente no sangue de pessoas sadias.

Sua dosagem é geralmente utilizada para o diagnóstico de doenças hepáticas, pois o aumento de seus níveis pode indicar lesão hepática canalicular (colestase, hepatite, etc). A fosfatase alcalina também pode aumentar sempre que aumenta a atividade das células ósseas (por exemplo, durante o período de crescimento ou depois de uma fratura) ou como resultado de doenças ósseas, que incluem a osteomalacia, o câncer ósseo, e a doença de Paget.

A dosagem de fosfatase alcalina é feita no sangue. Ela possui duas isoenzimas: uma de origem hepática que avalia de maneira significativa os casos de obstrução biliar e outra de origem óssea que avalia as doenças que afetam a atividade osteoblástica.




Para a realização do exame, o paciente deve estar preferencialmente de jejum de quatro horas, evitar ingestão de álcool 72 horas antes do exame e manter o uso de remédios apenas se não puderem ser interrompidos.

Os valores de referência são os seguintes:

(observação: lembre-se que os valores de referência podem variar dependendo do método e dos reagentes usados. Logo, esses valores devem estar citados nos laudos de resultados dos exames laboratoriais de forma clara).

Existe uma variedade de métodos usados para determinar a atividade da fosfatase alcalina. Esta variedade dificulta a comparação de resultados entre os diferentes laboratórios e os mencionados pela literatura.

A interpretação dos resultados do exame deve ser realizada pelo médico que o solicitou, em conjunto com a história e o exame clínico. Para maiores informações, procure um médico clínico geral.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

A importância do teste da linguinha


A detecção de problemas na primeira infância é fundamental para um diagnóstico antecipado, o que garante uma melhor qualidade de vida à criança. Paralelamente a outros teste, o teste da linguinha tem se mostrado primordial no primeiro mês de vida do bebê.


O que é o teste da linguinha?

O teste da linguinha é uma avaliação do frênulo da língua(popularmente chamado de “freio da língua”) para verificar se ele está preso, o que dificulta a amamentação dos bebês.

Como é realizado?

teste da linguinha

O teste é simples e indolor. Trata-se apenas de elevar a língua do bebê para verificar se o frênulo se encontra muito próximo da ponta da língua. Ele pode ser realizado por qualquer profissional da área da saúde habilitado para isso.

Quando realizar o teste da linguinha?

A recomendação é de que o teste seja realizado no primeiro mês de vida do bebê. Ele pode ser realizado em qualquer idade, mas quando mais cedo for realizado e diagnosticado o problema é melhor, para que a amamentação não seja substituída pela mamadeira.

Quais os problemas do bebê ter a língua presa?

Quando o bebê tem a língua presa, ele tem dificuldades na sucção, vai mamar com dificuldade e não vai ganhar peso adequadamente. Consequentemente, a mãe vai ser orientada a trocar o seio pela mamadeira, o que não é recomendado nos primeiros meses de vida.

Na infância, a língua presa faz com que a criança tenha problemas na fala, o que gera desconforto na escola.

O teste da linguinha é obrigatório?

Em alguns municípios paulistas e no estado do Mato Grosso do Sul, o teste já é obrigatório. Em outros estados, a obrigatoriedade do procedimento nos serviços de saúde está em vias de aprovação.

O teste da linguinha é um procedimento simples e que contribui para uma melhor qualidade de vida tanto do bebê, quanto da mãe.



Fonte: Terra

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Profissionais de saúde não sabem lidar com questões ligadas à AIDS



Muitos profissionais da área da saúde não têm preparo suficiente para trabalhar com situações que envolvam a temática da AIDS.

A conclusão é da pesquisadora Cíntia Yuri, da USP em Ribeirão Preto (SP).

As principais dificuldades estão no momento de comunicar o diagnóstico e de abordar assuntos como as possíveis formas de contágio por HIV.

Além disso, a pesquisa revela também que crenças equivocadas acerca da doença ainda são persistentes entre a população e que o cuidado no âmbito doméstico também requer atenção.

O estudo aponta que muitos médicos, enfermeiros, entre outros profissionais, têm grande dificuldade para abordar assuntos considerados polêmicos sobre a doença, como o contágio por relações sexuais.

Isso acontece porque, muitas vezes, na formação acadêmica desses profissionais há uma ênfase nos aspectos técnicos, em detrimento dos elementos de ordem subjetiva, dificultando a incorporação de processos que digam respeito, por exemplo, à sexualidade.

Para Cíntia, é importante incorporar temas dessa natureza no processo de formação e atuação dos profissionais de saúde, para que eles possam ter uma melhor convivência com seus medos e, inclusive, preconceitos.

Outro problema apresentado pela pesquisa diz respeito ao fato de que, apesar da existência de programas específicos do governo brasileiro para a difusão de informações sobre a doença, ainda persistem as crenças de que o vírus pode ser transmitido por meio de objetos de uso pessoal - como sabonete, toalha, assento sanitário, copos e talheres -, do contato pessoal - como abraço e beijo - e até picadas de insetos.

"Isso nos fez pensar que as estratégias educativas utilizadas para a conscientização e prevenção da doença precisam ser revistas e não devem visar somente o diagnóstico precoce, mas também difundir o conhecimento sobre a doença e a desconstrução dos estigmas a ela atrelados, de modo que alcance todas as classes populares, e, em especial, as marginalizadas", afirma Cíntia.

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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Sol ativa material que mata pernilongo da dengue



Pesquisadores da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) desenvolveram um material que, em contato com a água e sob luz solar, impede a eclosão dos ovos dos pernilongos Aedes aegypti e mata as larvas recém-nascidas.

O material é fabricado na forma de um tijolo de concreto, que passa por um processo de tratamento químico sob pressão, no interior de uma autoclave.

Quando pronto, o tijolo é poroso e leve, com uma densidade menor do que a da água, o que o faz flutuar. Ele é então cortado em tabletes para ser depositado sobre a água.

"Nossa intenção era trabalhar um processo ambientalmente correto e que contribuísse com os métodos e tecnologias já disponíveis para evitar a proliferação da dengue," conta o professor Jadson Belchior, coordenador da pesquisa, iniciada há um ano e meio.

Processo fotocalítico

Além de água limpa, as larvas do Aedes aegypti, pernilongo transmissor da dengue, precisa de material orgânico e oxigênio.

A proposta dos pesquisadores foi criar um mecanismo que não deixasse a larva eclodir ou não permitisse o desenvolvimento daquelas já formadas, matando-as por asfixia ou por falta de alimentação.

O material, que fica boiando na superfície da água, reage por meio de um processo fotocatalítico - um processo induzido pela radiação solar.

No momento em que ocorre a combinação de água, luz e tablete, é gerado um composto químico que mata as larvas do pernilongo - o composto químico gerado ainda está sendo mantido em sigilo porque o processo está sendo patenteado.

A tecnologia pode ser utilizada em qualquer lugar onde houver a possibilidade de acúmulo de água, como vasos de plantas, calhas e caixas d'água. Sem água ou luz, o dispositivo não entra em atividade, uma vez que é necessária a combinação das duas condições para desencadear a ação.

Quando está inerte por falta de água ou de luz, o material não perde as características. "Havendo água e luz continuamente, a durabilidade é de cerca de quatro meses. Se, por exemplo, houver um intervalo de dois meses na atividade, a durabilidade sobe para seis meses", salienta.

Ele garante que o princípio ativo utilizado não é nocivo à saúde humana e não afeta a potabilidade da água, embora a tecnologia ainda dependa da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser utilizada, por exemplo, em reservatórios de água para consumo humano.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Gestantes poderão se vacinar contra coqueluche



A vacina Tríplice Acelular (DTPa), que protege contra o tétano, a difteria e a coqueluche, será disponibilizada para gestantes na rede pública de saúde até o fim deste ano.

De acordo com o Ministério da Saúde, a dose será oferecida de forma gratuita e preferencialmente a partir da 27ª semana de gestação.

O objetivo é reduzir a transmissão da coqueluche entre recém-nascidos e garantir proteção indireta nos primeiros meses de vida, quando o bebê ainda não teve a oportunidade de completar o esquema vacinal.

A imunização contra a coqueluche já é oferecida para crianças na rede pública. O esquema vacinal começa com a pentavalente, administrada aos 2 meses, 4 meses e 6 meses. A criança recebe ainda dois reforços com a vacina DTP (difteria, tétano, coqueluche). O primeiro reforço deve ser administrado aos 15 meses e o segundo aos 4 anos.

Dados do governo indicam que até o dia 10 de maio foram registrados no Brasil 1.762 casos de coqueluche.

Mesmo quem já recebeu a vacina quando criança deve ficar atento, uma vez que o prazo de validade é dez anos.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

sexta-feira, 30 de julho de 2010

A bicicleta revolucionou o sexo e a genética?



Pedaladas científicas

Que invenção pode ter sido mais revolucionária para a vida sexual no mundo ocidental do que a pílula anticoncepcional, a camisinha ou o Viagra?

Para um dos geneticistas mais renomados da Grã-Bretanha, a resposta é: a bicicleta.

Stephen Jones, professor da Universidade College de Londres, defensor da ideia do papel sexual da bicicleta, vai além.

Segundo ele, a invenção da bicicleta foi o evento mais importante dos últimos 100 mil anos da história da evolução humana.

Mulher do povoado ao lado

Para Jones, a bicicleta "fez com que os homens não se limitassem mais a encontrar sua companheira sexual na porta ao lado, mas, sim, transportar-se a aldeias vizinhas e manter relações sexuais com uma mulher do povoado ao lado".

É claro que o homem domesticou o cavalo muito antes de inventar a bicicleta, e o utilizou para fazer suas conquistas bem longe da "porta ao lado".

Os mais afluentes tinham mais de um cavalo, e logo deram um jeito de inventar a carruagem para ir ainda mais longe e com mais conforto.

É fato que manter uma bicicleta no corredor lateral de casa é mais fácil do que manter um cavalo - algo quase impraticável para os moradores das cidades.

Stephen Stearns, professor de ecologia e biologia evolutiva da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, defende que a bicicleta ampliou em 48 quilômetros a distância de paquera dos homens ingleses no final do século 19.

Ele diz que a invenção estimulou ainda a pavimentação das ruas, o que facilitou, mais tarde, a incorporação do automóvel ao mundo do transporte.

Futuro da humanidade

A imprensa na Grã-Bretanha na época da invenção da bicicleta relata que a invenção mudou a forma de cortejo entre os jovens do final do século 19.

Nos jornais britânicos daqueles dias, é possível encontrar notícias de que a bicicleta reduziu a frequência do comparecimento de pessoas à igreja, criou novas tendências de cortejo entre os jovens e até mesmo provocou uma diminuição no uso do piano.

O Dr. Jones ressalta que a distância entre o lugar de nascimento dos futuros cônjuges não parou de aumentar desde então. "Se caminharmos por uma cidade como Londres hoje em dia, vemos uma variedade genética que não teríamos visto em outra época".

A bicicleta, segundo Jones, deu início assim a um caminho rumo à diversidade genética sem precedentes, algo que tem um papel primordial no desenvolvimento do nosso sistema imunológico - o que teve repercussões futuras cruciais para a humanidade.

"A diversidade genética é a base da evolução, se não a tivéssemos, ainda seríamos muito parecidos com os primatas", concluiu.

Invenção de primatas

Tese controversa, primeiramente porque o homem também é um primata - e quando inventou a bicicleta ele já não se parecia muito com os primatas não-humanos.

A diversidade genética observada em todas as grandes cidades do mundo também não foi gerada por mudanças genéticas geradas por casamentos entre amantes que saíam de bicicleta, mas por fenômenos muito mais complexos de integração econômica e internacionalização das práticas comerciais - para as quais o navio e o avião foram muito mais importantes.

Mas talvez seja mais fácil atrair a atenção do público falando sobre o papel sexual da bicicleta do que divulgando os próprios trabalhos de genética.


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sexta-feira, 7 de maio de 2010

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Câncer de Pênis




O câncer de pênis é um tumor raro, com maior incidência em homens a partir dos 50 anos, embora possa atingir também os mais jovens. Está relacionado às baixas condições socioeconômicas e de instrução, à má higiene íntima e a homens que não se submeteram à circuncisão (remoção do prepúcio, pele que reveste a glande – a “cabeça” do pênis).

O estreitamento do prepúcio é um fator de predisposição ao câncer peniano. Estudos científicos também sugerem a associação entre infecção pelo vírus HPV (papilomavírus humano) e o câncer de pênis.

A doença é responsável por cerca de 1.000 amputações por ano no Brasil e ocorre principalmente em homens dentro da faixa etária de vida sexual e economicamente ativa. O custo médio para o tratamento de cada paciente é de cerca de R$ 35 mil. Entretanto, os urologistas costumam dizer que ela pode ser perfeitamente evitável com informação, água e sabão.

No Brasil, esse tipo de tumor representa 2% de todos os tipos de câncer que atingem o homem, sendo mais frequente nas regiões Norte e Nordeste, superando até mesmo os casos de câncer de próstata e de bexiga.

Conheça o Programa Nacional de Saúde do Homem.

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sábado, 12 de dezembro de 2009

Descoberto como chá verde atua contra o câncer



Há muito tempo se conhecem os benefícios do chá verde, incluindo a proteção contra o câncer e até a destruição direta de tumores na pele.

Por isso, os cientistas têm-se esforçado para tentar desvendar os mecanismos fisiológicos pelos quais o chá verde e seus extratos atuam na redução do risco de câncer ou retardando o crescimento das células cancerosas.

Wai-Nang Lee, do Instituto de Pesquisas Biomédicas de Los Angeles (EUA), afirma agora ter encontrado uma explicação que, segundo ele, pode abrir uma nova área de pesquisas contra o câncer.

"Esta é uma maneira inteiramente nova de olhar para o metabolismo," disse o Dr. Lee. "Não é mais um caso de glicose que entra e energia que sai. Agora nós entendemos como o metabolismo das células de câncer pode ser interrompido, e podemos estudar como usar esse conhecimento para tentar alterar o curso do câncer ou prevenir o câncer."

Controle metabólico

A equipe descobriu como o EGCG (epigalocatequina galato), o componente biológico ativo do chá verde, altera o metabolismo das células cancerosas.

O mecanismo opera através da supressão da expressão de uma enzima que já se sabia estar associada com o câncer, chamada LDHA.

Ainda mais importante, os experimentos revelaram um inibidor da enzima, o oxamato, que é conhecido por reduzir a atividade da LDHA, operando da mesma maneira: ele também destrói o sistema metabólico das células de câncer - o estudo em tumores do câncer do pâncreas.

"Ao explicar como o componente ativo do chá verde pode prevenir o câncer, este estudo irá abrir as portas para toda uma nova área de investigação do câncer e nos ajudar a compreender como outros alimentos podem prevenir ou retardar o crescimento de células cancerosas," completou Lee.


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